domingo, 17 de novembro de 2013

ACORDO ESO APROVADO TAMBÉM PELA CCTIC



Em 8 de novembro de 2013, o relator Dep. Jorge Bittar (PT-RJ) da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) emitiu seu parecer favorável ao Acordo de Adesão do Brasil à ESO, o qual pode ser acessado no link:


Apenas cinco dias depois, em 13 de novembro, o relatório foi aprovado pela CCTIC. O áudio da sessão pode ser ouvido através do link:



O Relatório ressalta que o Brasil tem acesso aos telescópios desde 2011 e que até hoje já foram obtidas um total de 147 noites de observação por brasileiros. A estimativa do custo por noite é de aproximadamente 50.000 a 100.000 euros dependendo do telescópio.

Além de tempo em telescópios, o relator enfatiza os benefícios também para a indústria nacional. A construção de grandes instrumentos de alta tecnologia terá impactos em áreas paralelas, inclusive industriais. Lembrando que as normas internas do ESO estipulam que 75% dos investimentos de um dado país devem retornar como benefícios à indústria local. Espera-se também um desenvolvimento da atividade aeroespacial.

A formação de cientistas brasileiros certamente se beneficiará de uma maior inserção da comunidade científica brasileira na internacional. A única maneira dos astrônomos brasileiros terem acesso ao ALMA é através deste acordo.

Por fim, o relatório avalia os benefícios ao Brasil resultantes da adesão à ESO como:
       Aumento da produção científica e tecnológica brasileira;
       Desenvolvimento da educação superior brasileira nas carreiras científicas;
       Bens e serviços de empresas brasileiras via concorrência para construção de novos instrumentos;
       Aprendizado tecnológico da indústria nacional em setores de ponta da indústria europeia;
       Programas de popularização de ciência da ESO trarão benefícios para o sistema de ensino médio, básico e fundamental.

A próxima comissão importante agora é a de Finanças e Tributação (CFT), cujo relator é o Dep. Afonso Florence (PT-BA).


10 ANOS DO MINIOBSERVATÓRIO ASTRONÔMICO DO INPE


Adultos, adolescentes e até crianças de 6 anos formaram o público que prestigiou as atividades em comemoração aos 10 anos do Miniobservatório Astronômico do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos (SP). No dia 30 de outubro, equipe da Divisão de Astrofísica se mobilizou para receber os visitantes, muitos deles funcionários e colaboradores do próprio instituto.




Foram programadas duas sessões para visualização do céu com o telescópio - uma no período da tarde e outra à noite - e ainda uma palestra. Das 14h às 16h, os visitantes puderam observar o disco do Sol. “Usando filtros astronômicos apropriados que cortam 99,99% da luz visível, captamos imagens e observamos dois grupos proeminentes de manchas solares entre aqueles presentes naquele dia”, conta André Milone, pesquisador da Divisão de Astrofísica do INPE.

Além de ter a oportunidade de utilizar o telescópio, cerca de 20 visitantes foram atendidos por estudantes do Programa de Pós-graduação em Astrofísica do INPE, que deram explicações sobre o Sol e apresentaram sites astronômicos que disponibilizam imagens do astro em outras faixas do espectro eletromagnético. Como se repetiu à noite, pesquisadores e pós-graduandos demonstraram o uso de planisférios e auxiliaram no reconhecimento dos astros no céu a olho nu.

Um público maior, de aproximadamente 100 pessoas, participou das atividades noturnas, entre 19h e 21h30. Palestra proferida pelo pesquisador José Williams Vilas-Boas abordou o nascimento do Sistema Solar e, em seguida, os visitantes partiram para a observação do céu noturno. Alem do telescópio do Miniobservatório, três outros foram usados.

“Colocamos outros telescópios no entorno do prédio do Miniobservatório, sendo que dois deles foram construídos durante um curso de extensão para professores”, conta Milone. “Todos os visitantes viram o planeta Vênus bem brilhante. No telescópio principal foi possível observar com aproximadamente 190 vezes de aumento. Alguns visitantes conseguiram ver um aglomerado globular apesar das condições atmosféricas bem adversas (o céu estava sendo coberto por nuvens)”, completa o pesquisador do INPE.

Visitas regulares

O Miniobservatório Astronômico foi inaugurado em 2003 para dar suporte às atividades de difusão, pós-graduação e pesquisa da Divisão de Astrofísica da Coordenação de Ciências Espaciais e Atmosféricas do INPE, que mantém um programa regular de visitas semanais direcionadas a estudantes a partir do 4º ano do ensino fundamental.





Cada visita é constituída pela visualização de astros com telescópio, caso as condições de céu permitam, e por uma palestra sobre um tema astronômico, ministrada por um pesquisador em Astrofísica. As visitas devem ser previamente agendadas, de acordo com os procedimentos informados no site do Miniobservatório: http://www.das.inpe.br/miniobservatorio/visitas.php

André Milone (DAS/INPE)