sábado, 12 de dezembro de 2009

XXXV Reunião Anual da Sociedade Astronômica Brasileira

A diretoria da Sociedade Astronômica Brasileira tem o prazer de anunciar que a XXXV Reunião Anual será realizada no Hotel Recanto das Hortênsias, em Passa Quatro, MG, no período de 7 A 12 DE SETEMBRO DE 2010.

A data-limite para inscrição e submissão de trabalhos será 10 DE ABRIL DE 2010. Maiores informações sobre a reunião estarão disponíveis a partir de 01 de março de 2010, data a partir da qual as inscrições poderão ser feitas, no site http://www.sab-astro.org.br/sab35/index.htm

Lembramos a todos que a Reunião Anual é uma oportunidade única para os membros da Sociedade divulgarem e discutirem seus trabalhos diante de uma audiência multidisciplinar que cobre todas as áreas de pesquisa em astronomia no Brasil, bem como para assistir conferências convidadas ministradas por especialistas em distintas áreas de pesquisa, do Brasil e do exterior. A Reunião Anual também é a melhor oportunidade que temos para conhecer nossos colegas de distintas regiões do país e, especialmente para os astrônomos mais jovens, é uma excelente oportunidade para interagir com colegas mais experientes.

Passa Quatro já recebeu a SAB em duas outras oportunidades e o hotel Recanto das Hortênsias ofereceu a melhor relação entre custo e qualidade das instalações que obtivemos. A cidade fica situada no sudeste de Minas Gerais, a 248 km de São Paulo e 260 km do Rio de Janeiro, a 50 km da Via Dutra, na altura de Cachoeira Paulista.

Esperamos encontrar todos lá em setembro de 2010.

Roberto D.D. Costa
Secretário Geral, pela Diretoria da SAB

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Contribuição à Comissão Especial de Astronomia - Lista de problemas e propostas de soluções

por Basílio Santiago (postado no Fórum da SAB em 12/11/09)

Problema 1

Há pulverização de recursos humanos e financeiros entre diversas unidades de pesquisa do MCT. A maior delas em termos de pessoal, o ON/MCT, não tem papel de provedor de serviços à pesquisa em Astronomia no país. Tal tarefa está concentrada no LNA, que tem pessoal restrito. Essa distorção de gerenciamento de RH no MCT precisa ser corrigida, em benefício de todos. O INPE, pelas suas características, também pode assumir papéis de gerenciamento de recursos disponibilizados para pesquisa na área nacionalmente.

Proposta 1.1

Primeiramente, é necessária a criação de uma comissão ou fórum permanente, de natureza advisória, que promova o diálogo constante entre as direções das diferentes unidades de pesquisa (UPAs) do MCT ligadas à área. Uma das funções deste forum seria a de mediar a interação entre as UPs, promovendo uma maior coordenação de ações e contribuindo para a mediação de conflitos e problemas. Tal órgão deve ser sediado em Brasília, não apenas pela proximidade com as instâncias decisórias do MCT, mas também para valorizar sua natureza de comissão intraministerial com abrangência nacional. Detalhes quanto à frequência de reuniões, atribuições, composição, etc, precisariam ser discutidos.

Proposta 1.2

Atribuir ao ON uma participação efetiva no gerenciamento de recursos à Astronomia observacional óptica/infra-vermelha nacional. Um possível exemplo: atribuir-lhe o encargo de prover serviços de software (portais científicos, Observatórios Virtuais, bases de dados, etc) de uso pela comunidade nacional, deixando com o LNA a tarefa de gerir recursos de hardware, inclusive o desenvolvimento instrumental. A atribuição de desenvolvimento de projetos nacionais de Astronomia espacial caberia ao INPE, ficando o MAST com as
responsabilidade de preservação e pesquisa de acervos históricos e de articulação de ações de divulgação da Astronomia. Estas atribuições teriam que ser negociadas no âmbito do MCT e não necessariamente impõem exclusividade de ação. Elas certamente trarão o benefício de fazer melhor uso dos recursos humanos disponíveis do MCT, evitando os gargalos de prestação de serviço que ocorrem atualmente.

Problema 2

Está em curso uma mudança global de paradigma na pesquisa observacional. Grandes bases de dados, de propósitos múltiplos, envolvendo telescópios dedicados e colaborações internacionais, estão abrindo espaço em meio aos métodos tradicionais de coletas de dados, via projetos com investigador principal utilizando um único telescópio/instrumento. O Brasil precisa acompanhar essa mudança.

Proposta 2.1

São necessários investimentos de recursos materiais e humanos que garantam não apenas o acesso, mas a participação brasileira em projetos de geração de grandes bases de dados, como as diferentes versões do SDSS, o DES, o LSST, etc. Tais projetos têm aplicações múltiplas, sendo portanto importantes para atender à grande diversidade de áreas de pesquisa em que astrônomos brasileiros estão envolvidos.

Proposta 2.2

As decisões estratégicas devem levar fortemente em conta essa mudança de paradigma. Será um grande erro investir dinheiro e recursos humanos apenas para ampliar a participação brasileira em diferentes telescópios/instrumentos, sem buscar diversificar e modernizar as formas de uso/distribuição do tempo nestes telescópios.

Problema 3

Outra movimentação clara da pesquisa internacional são os ambiciosos projetos instrumentais em implementação e planejamento. Novamente, estes projetos envolvem múltiplos países e institucões, além de grandes somas de dinheiro. O Brasil precisa buscar inserir-se nesses projetos instrumentais de grande porte.

Proposta 3.1

Em especial, o Brasil deve buscar ser parceiro em grandes projetos internacionais de instrumentação no domínio óptico e infra-vermelho, como os ELTs, dada a concentração de pesquisadores que usam estes domínios espectrais. Estrategicamente, a inserção do país deve se dar através de projetos instrumentais internacionais que estejam abertos a estabelecer sistemas de troca de tempo com outros projetos de porte semelhante e que sejam complementares entre si. Somente dessa forma será possível à comunidade brasileira utilizar os melhores instrumentos disponíveis e cobrindo uma gama variada de recursos. Implementado tal sistema, algo que o Brasil deve encorajar nas suas parcerias, os pesquisadores do país terão acesso a maior diversidade instrumental de ponta, mesmo com participação modesta em termos de fração de tempo disponível.

Problema 4

O OPD é um sítio astronômico de qualidade abaixo da média, com forte sazonalidade em termos de eficiência, e com instrumentos obsoletos. O uso do OPD nos moldes de um observatório tradicional, com missões curtas e envolvendo grande circulação de pesquisadores, exige uma infraestrutura que está começando a tornar-se onerosa em comparação aos resultados científicos. Este ônus se dá na forma de passagens e diárias, além da necessidade de manter-se alojamentos e infraestrutura de alimentação, transporte, etc.

Proposta 4.1

É necessário reformular o funcionamento do OPD, reduzindo custos de infraestrutura. Projetos grandes, otimizados para a instrumentação disponível e para os meses de outono e inverno, envolvendo observação remota ou em modo serviço, permitirão reduzir despesas com viagens, alojamento e infraestrutura, explorando melhor os recursos instrumentais e as características do sítio. Em meses menos adequados para observação profissional, sugere-se que o OPD seja
mantido com staff mínimo, usado para:
  1. divulgação científica: visitação pública ao sítio, eventual observação noturna; 
  2. uso didático dos instrumentos: manuseio, presencial ou remoto, dos telescópios e detectores, com eventual uso noturno, mesmo que as condições não sejam adequadas para obtenção de dados de qualidade científica.

Problema 5

Grande parte da comunidade de astrônomos brasileiros trabalha fora do MCT, mas é usuária das condições e serviços que o MCT oferece. É fundamental, portanto, que haja permanente diálogo interministerial nesta área, assim como em outras que compartilham dessa característica.

Proposta 5.1

Criação de uma câmara inter-ministerial de pesquisa, com atribuições deliberativas, envolvendo representantes da Fazenda, MinC, MEC e MCT, entre outros. Tal câmara promoveria um diálogo constante entre as comunidades de pesquisadores nestes diferentes ministérios, visando à racionalização de recursos destinados à pesquisa, inclusive de Astronomia. É importante lembrar que a maior parte da comunidade científica, astronômica inclusive, está nas IFES/MEC, mas com participação ainda não institucionalizada nas políticas de investimento e gerenciamento de recursos do MCT.

Sobre a Comissão Especial de Astronomia (CEA) - IV

por Oswaldo Miranda (adaptado de mensagem ao Fórum da SAB, enviada em 06/11/09)

Os representantes do CNPq, CAPES, ABC, SBPC na CEA não têm como defender pontos de vista dessas Sociedades. Eles defenderão os pontos de vista, e de interesse, das suas Universidades e de seus Grupos. A exceção é o representante da SAB que deve representar toda a Comunidade Astronômica Brasileira. Diria até pela forma de atuação dos Membros CNPq, CAPES, ABC, SBPC que eles representam o INCT-A e os seus grupos de pesquisa e não as "Sociedades" CNPq, CAPES, ABC, SBPC. Se alguém discorda disso então me diga quais são as diretrizes que essas agências/sociedades passaram a esses representantes? Como foram feitas essas indicações? Por quê a Comunidade Astronômica não foi ouvida por essas Sociedades? Por exemplo, não seria natural a SBPC pedir que a SAB fizesse a indicação? Não seria natural o CNPq ouvir os bolsistas de produtividade em pesquisa da área de astronomia? Não seria natural a CAPES ouvir os cursos de pós-graduação em astronomia? Voltando a questão do "peso das UPs" nessa Comissão. Não discuto o número do Laerte - 70% dos pesquisadores estão nas Universidades. Mas esse não pode ser o único número para definir a participação (aumento/diminuição) dos representantes das UPs. Exemplo: Dos 70% que estão nas Universidades, qual é a fração que atua no óptico/infravermelho, radioastronomia, cosmologia teórica, altas energias, astrofísica de ondas gravitacionais, etc. Posso dizer, com pequena chance de errar, que em pelo menos em duas áreas da astronomia: radioastronomia e astrofísica de ondas gravitacionais, pelo menos 70% dos pesquisadores estão nas UPs e não nas Universidades. Não teríamos "também" que levar esses dados em conta para falar de distorções na relação UPs/Universidades nessa Comissão?

Outra questão: na regional de São Paulo, o Laerte mencionou a proposta de um satélite para UV. Proposta que na minha opinião é bastante interessante. Contudo, 80% da capacidade de desenvolvimento instrumental da astronomia brasileira está instalada nas UPs. Levando-se em conta que menos de 30% dos astronomos estão nas UPs, então esses 80% mostram claramente que se as UPs não tiverem participação ativa nesse plano nada funcionará em termos de desenvolvimento instrumental na nossa área. Pressumo que um plano para a área de astronomia não envolva "comprar tempo de telescópio". Para isso, sinceramente não é necessário um plano. Alguns colegas usam o termo de que o Brasil deve ser "um player" no cenário internacional. Isso só será possível se o Brasil "também desenvolver instrumentação de qualidade". Quem é que vai fazer isso? As Universidades? No caso do satélite proposto pelo Laerte, vai ser feito aqui no Brasil? O projeto será brasileiro? Que instituição fará o projeto e a integração dos sistemas desse satélite? Se as UPs não tiverem participação ativa na elaboração desse plano, elas apoiarão as propostas instrumentais ou seguirão outros caminhos deixando o Plano de Ação para a Astronomia como secundário? Se o desenvolvimento instrumental não fizer parte de um plano de ação para a astronomia brasileira, a astronomia brasileira será efetivamente um "player" no cenário internacional?

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Nota do Fórum das UPs do MCT com Atividades em Astronomia sobre a Comissão Especial de Astronomia do MCT

Preocupados com o desenrolar das atividades da Comissão Especial de Astronomia (CEA) recentemente instituída pelo MCT, vimos manifestar nossa opinião e apreensões com respeito a alguns pontos descritos a seguir.

De uma Comissão Especial de Astronomia (CEA)

Entendemos que uma iniciativa como essa é de grande relevância para propor estratégias de futuro para a Astronomia nacional. É fundamental que isso ocorra de forma representativa, inclusiva e transparente.

Da Primeira Fase (Discussão entre UPs)

Problemas de falta de interação, duplicação de missões e conflitos entre as UPs que têm atividades em Astronomia no MCT (muitos deles levantados por este Forum) foram reconhecidos e abordados numa primeira fase deste processo. Infelizmente, limitações de tempo e de espaços nas agendas pessoais de membros da comissão original de diretores trouxeram dificuldades para o aprofundamento de discussões que poderiam levar a uma melhor articulação entre as UPs.

Consequentemente, essa primeira fase não resultou numa proposta de reorganização e otimização da atuação dessas unidades. Houve maior preocupação com os formalismos oficiais de representatividade do que com o cuidado de dar representatividade às reais lideranças científicas das UPs. A discussão interna às UPs ainda é uma necessidade urgente, assim como o estabelecimento de uma comissão permanente dessas unidades, visto que elas serão os agentes executivos do MCT de qualquer política que venha a ser adotada para a área.

Da Representatividade na CEA

Até o momento não foram esclarecidos os critérios de indicação de representantes na CEA por parte de sociedades científicas e agências de fomento. Isto gerou uma revindicação por parte de vários setores que não se sentem representados na comissão, já que esses membros, não pertencentes às UPs, são provenientes apenas de duas universidades. Por outro lado, é legítimo o questionamento de como os representantes da SAB, SBPC e ABC devem atuar. Se no primeiro caso é natural supor que o representante da SAB deve promover a participação da comunidade astronômica no processo, é também provável que os representantes da SPBC e ABC atuarão com opiniões e visões pessoais pois é, na prática, impossível trazer a diversidade e distanciamento dessas instituições para este debate. Quanto aos representantes das agências de fomento, suas participações deveriam estar relacionadas à opinião e informação de como estas agências poderiam estar envolvidas ou comprometidas com um plano futuro para a astronomia nacional. Estes representantes também atuarão na CEA com suas visões pessoais. Já as indicações dos representantes das UPs nem sempre foram seguidas de uma discussão interna envolvendo os membros interessados e levando em conta a adequação da pessoa às atividades da CEA. Ainda pelo lado das UPs, as inconsistências e divergências já mencionadas acima, e não resolvidas na fase preliminar do processo, fragilizam a atuação dessas instituições, que terão uma função executora do plano a ser elaborado. Este conjunto de problemas mostra que é necessário haver um planejamente muito cuidadoso da forma de atuação da CEA para contorná-los (uma sugestão é apresentada mais adiante). Com os legítimos questionamentos de representatividade a CEA tem pela frente dois grandes desafios:
  1. de evitar atuar como definidora de um plano nacional a partir de opiniões pessoais de seus membros; e 
  2. coordenar um processo (incluindo um conjunto de procedimentos) que leve em conta a participação da comunidade astronômica, as diferentes subáreas da astronomia nacional, a senioridade e histórico dos proponentes, as questões institucionais (UPs e universidades) e regionais. 
Somente assim a legitimidade deste processo estará garantida.

Da Falta de Cronograma e Metodologia

Infelizmente, não foi estabelecido no início de atuação da CEA um planejamento mais detalhado de como a Comissão irá atuar na elaboração de um plano para a astronomia. A falta destes critérios claros e um cronograma realista pode vir a inviabilizar o alcance dos objetivos da comissão.

Entendemos que é crítico que a comissão estabeleça como ponto de partida a elaboração de uma proposta de procedimentos.

Esta proposta deve garantir o envolvimento de toda a comunidade através da organização de grupos de estudo, painéis, discussões e vários tipos de reuniões e apresentação de documentos (white papers) como o objetivo de definir as grandes questões da astronomia. A dinâmica destas iniciativas, sua organização, um cronograma e recursos disponíveis para a realização dos trabalhose reuniões devem estar explícitos no início do processo assim como o que se pretende de cada etapa. A partir daí, uma lista de iniciativas e projetos deve ser elaborada, devendo ser acompanhadade levantamentos de interesses e custos. Também nesta parte do processo os elementos da comunidade que estiverem dispostos a participar devem ter um papel importante. Daí, com um mínimo de consenso, pode ser sugerida uma lista de prioridades para projetos relacionados às questões identificadas anteriormente. Estas prioridades deverão servir de guia para os grandes investimentos governamentais na área. Caberá então às instituições e a comunidade se organizarem e estabelecerem colaborações para viabilizar os projetos.

De uma Proposta de Atuação para a CEA

Levando em conta todos os aspectos mencionados acima, propomos uma série de ações e procedimentos para atuação da CEA, assim como um roteiro de eventos:
  1. Definição de 5 a 10 temas para discussão (retirados das reuniões regionais e sugeridos via forum da SAB).
  2. Elaboração de um roteiro sobre o que discutir nos painéis de cada tema.
  3. Definição de pessoas para constituirem painéis para cada tema (apenas pesquisadores ou professores com posição permanente, com exceção de painéis relevantes aos estudantes e post-docs). A participação como coordenador de um grupo ou relator está restrita a somente um painel.
  4. O coordenador do painel terá que ser um cientista senior.
  5. As discussões nos painéis são abertas a todos os interessados.
  6. Cada painel organizará os seus próprios encontros, telecons, e workshops e terá uma verba para isso.
  7. Cada painel terá que apresentar por escrito seus trabalhos, conclusões e demandas.
  8. Criação um comitê de revisão para a integração destes textos.
  9. Elaboração do plano de astronomia, que deverá ser feita em reunião dos coordenadores de painéis com a CEA.
  10. Preparação de recomendações:
    1. apresentar alternativas caso não haja consenso;
    2. delinear a motivação científica para a próxima década e listar projetos que poderiam atingir esses objetivos;
    3. fornecer sugestão de ações a serem tomadas pelas partes interessadas;
    4. apresentar um dimensionamento financeiro, avaliar a razão custo/benefício, explorar a capacidade da comunidade de conduzir estes projetos;
    5. propor criação de mecanismos de acompanhamento destes projetos;
    6. propor mecanismos de orientação para as agências financiadoras;
    7. propor a criação de uma comissão mista universidades/MCT para visitas e negociações de avaliação da participação em projetos internacionais;
  11. Aprovação das recomendações em debate público.
  12. Definição do período de revisão.
  13. Elaboração de um comitê gestor, composto por membros de UPs e de universidades para preparação de relatório anual sobre os grandes projetos e andamento do plano em geral.
  14. A Sociedade Astronômica Brasileira deverá conduzir a organização deste processo, orientada pelos procedimentos propostos acima. Em particular, na escolha e definicoes mencionadas nos itens 1, 2, 3, 8, 11, 12 e 13, atraves do seu blog, forum, boletim, promovendo também reuniões, workshops e video conferencias e o que mais for necessário para a condução adequada do processo.

Carlos Alexandre Wuensche de Souza (INPE)
João Braga (INPE)
José Carlos de Araújo (INPE)
Julio Camargo (ON)
Luiz Alberto Nicolaci da Costa (ON)
Marcio Antonio Geimba Maia (ON)
Martin Makler (CBPF)
Odylio Denys de Aguiar (INPE)
Oswaldo Duarte Miranda (INPE)
Paulo Sergio de Souza Pellegrini (ON)
Ricardo Lourenço Correia Ogando (ON)
Roberto Vieira Martins (ON)

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Painéis da Astronomia Brasileira

por Eduardo Janot Pacheco

O Ministério de Ciência e Tecnologia instituiu em junho deste ano (cf. Portaria No. 10, de 10/06/2009), uma "Comissão Especial encarregada de apresentar em quarenta dias proposta preliminar com vistas à elaboração do Plano Nacional da Astronomia Brasileira e, num prazo de um ano, para propor ao Ministério um Plano Estratégico para Estruturação da Astronomia Brasileira, abrangendo cronograma físico e financeiro para consecução das metas propostas". A comissão tem sido designada CEA (Comissão Especial de Astronomia, cf. circulares a respeito do assunto em Boletins anteriores)

Os prazos mencionados acima devem-se ao fato de que o mandato do atual governo termina em 2010. Em outro trecho da Portaria, fala-se em "dimensionamento preliminar dos recursos necessários para os próximos cinco anos". Ainda resta definir precisamente os dois Planos.

A CEA estipulou a data limite de 15 de dezembro para receber contribuições da comunidade que subsidiem a elaboração dos Planos.

A Sociedade Astronômica Brasileira tem consciência das imensas dificuldades em cumprir as metas acima de maneira consistente e refletida, mas entende que deve participar da CEA. Ela propôs ao MCT:

  1. a realização de Consultas Regionais à comunidade, como forma de assegurar participação minima de todos. A iniciativa foi aceita, e a SAB foi encarregada de organizá-las e relatá-las. Infelizmente, o MCT não conseguiu mecanismos para financiar viagens de sócios para assistirem a essas reuniões;
  2. a instituição de uma Comissão Permanente de Astronomia no MCT, que cuidaria de continuar o trabalho da CEA apos 2010, promovendo a aplicação do Planos e eventuais revisões nos mesmos. Isso ainda está em deliberação.

Após as Reuniões Regionais do Rio e SP, parece claro que a maioria da comunidade não refletiu suficientemente a respeito de um planejamento da envergadura pretendida pelo MCT; para remediar isso, a SAB está tomando a iniciativa de promover a formação de fóruns de reflexão, chamados de Painéis da Astronomia Brasileira, e segue abaixo uma lista-sugestão de temas para os mesmos.

Solicitamos aos interessados que se produzam textos de ate 5 páginas a respeito dos Painéis que escolherem e os enviem ao endereço soc.astro.bras@gmail.com ate o dia 30/11. Numa segunda etapa, textos sobre cada tema serão compostos por um relator designado pela SAB. Esses textos serão encaminhados a CEA como contribuições aos Planos.

TEMAS/PROJETOS:
  • Grandes projetos em Astronomia Óptica
  • Grandes projetos em IV
  • Grandes projetos em Radio
  • Grandes projetos em Astrofísica Teórica
  • Grandes projetos em Astrofísica de partículas
  • Grandes projetos em Astronomia Espacial
  • Bancos de Dados

TEMAS GERAIS:
  • Perspectivas futuras para a Astronomia brasileira
  • Formação de recursos humanos
  • Potencial da Astronomia para desenvolvimento científico e tecnológico do pais
  • Modelos de financiamento para a Astronomia brasileira
  • Astronomia e divulgação científica
  • Sugestões para a Conf. Nac. de Ciência & Tecnologia (maio/2010)
  • Gestão no Plano Nacional de Astronomia do MCT

Outros temas, não plenamente cobertos pelos acima, podem ser sugeridos por sócios diretamente à diretoria da SAB.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Sobre a Comissão Especial de Astronomia (CEA) - III

por Fernando Roig (postado no Fórum da SAB em 21/10/2009)

Eu participei da reunião no Rio de Janeiro que a CEA convocou para ouvir a comunidade e o principal ponto levantado nessa reunião foi precisamente a falta de representantes das universidades na citada comissão.

Eu não sou contra a aumentar a representatividade da comunidade na comissão, mas não me parece que o argumento utilizado para reclamar mais participação das universidades seja totalmente válido. Na reunião no Rio ouvi o argumento, repetido pelo Laerte na sua mensagem, de que 70% das pesquisas em astronomia são desenvolvidas nas universidades e que, por isto, as universidades deveriam ter, se não mais, pelo menos igual representatividade que o MCT.

Mas os colegas parecem esquecer que quem financia a maior parte da pesquisa astronômica no Brasil é o MCT, seja diretamente ou através de agências como o CNPq ou a FINEP, e que o restante é financiado pelas FAPs. As universidades, gostemos ou não, pouco e nada aportam do seu orçamento para pesquisa, a não ser o pagamento de salários, e ainda menos para o desenvolvimento de projetos em escala nacional ou internacional.

Então, surge naturalmente a pergunta: quem deve ter mais representatividade na CEA, o MCT que aporta o dinheiro ou as universidades que aportam a mão de obra? Eu diria que o mais justo é meio a meio.

Mas o problema se origina a partir do momento em que o MCT, não sei por qual motivo, aparentemente decide dar participação às universidades na CEA através de um mecanismo indireto, convocando a entidades como a SBPC, ABC, CNPq, etc. a nomear representantes. Era óbvio que, dado que 70% dos astrônomos estão nas universidades, as chances dos representantes destas instituições serem professores universitários era bastante alta. Lamentavelmente, o resultado disto é que se formou uma comissão híbrida, cuja representatividade pode ser, como de fato está sendo, facilmente questionável.

Como já disse, não sou contra aumentar a representatividade da comunidade astronômica na CEA, mas me incomoda o fato de que qualquer proposta para incluir diretamente as universidades acabará, indiretamente, aumentando a representatividade das universidades em detrimento do MCT. A menos que seja feita uma reformulação drástica da CEA, o que acho muito difícil de acontecer.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

3a. Reunião Regional da CEA: Porto Alegre

INFORME DA CEA (Comissão Especial de Astronomia)

A CEA (Comissão Especial de Astronomia) está encarregada de propor ao MCT um plano para os próximos 5 anos para a Astronomia brasileira, e para isso, ela promoverá consultas à comunidade.

Essa é a primeira rodada de consultas, que compreende duas partes: uma troca de idéias presencial sobre o que queremos/pretendemos fazer nessa escala de tempo seguida da apresentação, por escrito, de projetos/propostas pela comunidade.

Claro que se prevê falar de tudo, desde infraestrutura local até participação em grandes projetos internacionais.

Para facilitar as coisas, esse processo é regional: serão feitas 4 reuniões, em Natal, Rio, SP e P. Alegre.

Já ocorreram reuniões no Rio de Janeiro (19/10) e em São Paulo (27/10); a próxima ocorrerá no câmpus da UFRGS em Porto Alegre, na sexta-feira 06 de novembro, das 12:30 as 15:30h, no Anfiteatro do Instituto de Física, sala O201, Av. Bento Gonçalves 9500. Todos estão convidados.

CEA: white papers e painéis

por Eduardo Telles (postado no Fórum da SAB em 25/10/2009)

Independentemente da questão importante da comissão que compilará um plano plurianual para a Astronomia brasileira, temos que nos inspirar pela oportunidade que temos nesta tarefa em mãos de dimensionar e planejar investimentos para atender interesses e necessidades da comunidade.

Para isso é necessario um levantamento destes interesses e necessidades junto aos pesquisadores. Os 'white papers' podem ser um caminho pratico que pode descrever projetos das diversas áreas da Astronomia. Esses 'white papers' poderiam ser por áreas, temas, ou mesmo projetos individuais que depois seriam compilados por um painel da área. Pesquisadores de áreas afins serão capazes de, em conjunto, levantarem as questões fundamentais da área. Ao exemplo, do decadal survey americano deste ano, a astronomia deles foi dividida em 5 painéis.

No caso, da Astronomia brasileira, além dos painéis temáticos, devemos ter painéis que compilarão os 'white papers', descrevendo os interesses, necessidades e projetos de outras questões importantes da comunidade, como divulgação científica, formação, planetários, instrumentação, participação em projetos tipos 'surveys' internacionais (SDSS, LSST, e outros), como também participação em consórcios internacionais de uso de facilidades e infraestrutura (GEMINI, SOAR, e outros) e espaciais (raio X, CMB, JWST, etc.), e outros grandes temas.

Portanto, na minha compreensão desta tarefa, será necessário a participação de muitos. Como um planejamento estratégico primeiramente será necessário levantar os insumos diversos desde a base. A etapa de relatório por diversos paineis será necessária, para que uma comissão possa compilar esse plano estratégico, gerado pela, e representativo da, comunidade. Alguns desses pontos já haviam sido levantados na reunião do RJ.

2a. Reunião Regional da CEA: São Paulo

INFORME DA CEA (Comissão Especial de Astronomia)

A CEA (Comissão Especial de Astronomia) está encarregada de propor ao MCT um plano para os próximos 5 anos para a Astronomia brasileira, e para isso, ela promoverá consultas à comunidade.

Essa é a primeira rodada de consultas, que compreende duas partes: uma troca de idéias presencial sobre o que queremos/pretendemos fazer nessa escala de tempo seguida da apresentação, por escrito, de projetos/propostas pela comunidade.

Claro que se prevê falar de tudo, desde infraestrutura local até participação em grandes projetos internacionais.

Para facilitar as coisas, esse processo é regional: serão feitas 4 reuniões, em Natal, Rio, SP e P. Alegre.

A reunião em São Paulo será dia 27 de outubro de 2009 no Auditório 2 do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP, às 9:30 horas. Todos estão convidados.

Sobre a Comissão Especial de Astronomia (CEA) - II

por Márcio A. G. Maia (postado no Fórum da SAB, em 23/10/09)

A discussão sobre representatividade na CEA é causada em parte por uma indicação esdrúxula envolvendo agências de fomento, sociedades científicas não afins e representantes de UPs. Este frankenstein só podia dar em confusão.

No entanto, acho que devemos aproveitar esta primeira oportunidade de uma discussão que poderá engajar toda a astronomia para traçar seu planos futuros. Só temos que aprimorar o processo.

Na reunião do Rio, foram questionados pontos como:

  • Representatividade e legitimidade da CEA em sua atual configuração, uma vez que ninguém soube explicar os motivos e critérios adotados pelos orgãos que indicaram os nomes;
  • Representatividade concentrada na USP e UFRGS;
  • Falta de um planejamento e metodologia claros sobre as ações da CEA;
  • Pedido para reuniões regionais serem transmitidas para que o restante da comunidade tome ciência;
  • Pedido de criação de painéis com temas relevantes como: projetos temáticos, temas científicos  para proxima década, tecnologia e informação, memória e divulgação, entre vários outros. Um grupo de 3-4 pessoas redigiriam as propostas de cada painel após ampla discussão. Membros redatores, por exemplo, só poderiam estar em um painel para distribuir o trabalho e não recair tudo sobre aqueles poucos de sempre. Participação é livre de que tenha a contribuir em qualquer um dos painéis.
Quanto algumas mensagens veiculadas no fórum, vejo colegas solicitando maior representatividade do IAG numa comissão que já está com com duas pessoas de seu quadro.

No momento que esta CEA demonstrar em seu planejamento que suas atividades serão inclusivas e transparentes, esta tensão será diminuída. O problema é que em sua primeira reunião, membros da CEA partiram para defesas de projetos A, B, e C, ao invés de se concentrarem em elaborar um processo amplo de discussão. É por estas e outras que a sua representatividade é questionada, pois dá a impressão de um forte lobby de uns poucos setores.

Por estes motivos, a CEA, ao invés de decisória, deve atuar como mediadora, fomentadora das discussões, envolvendo painéis, white papers, fóruns, e o que for preciso.

As agências financiadoras devem participar no final do processo. O que CAPES e CNPQ teriam a dizer se a ciência a ser estimulada é galáctica, planetária, extragaláctica, ou em qualquer outra área? Isto é uma discussão entre astrônomos. No momento a representatividade de agências financiadoras é balela. Além de CAPES e CNPq, devem participar no final, FINEP, FAPs. Apresentando um plano a estas agências, após uma discussão bem coordenada, certamente teremos como angariar mais fundos para os projetos.

Uma discussão mais aprofundada sobre as UPs do MCT, que deveria ter sido feita em uma fase preliminar (pre-CEA) e não foi levada a cabo de forma condizente, poderia ter continuidade para se tratar de problemas específicos destas unidades, os quais foram levantados em várias ocasiões.

Isto não é tudo, mas se mudarmos o foco um pouco da questão de representatividade e a CEA deixar claro seus planos, uma boa iniciativa pode ter continuidade.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Sobre a Comissão Especial de Astronomia (CEA)

por Laerte Sodré Jr. (postado no Fórum da SAB, em 14/10/2009)

Os colegas devem ter visto no Boletim Eletrônico da SAB uma chamada à comunidade por parte da CEA para prover subsídios para elaboração de um Plano Nacional de Astronomia.

Louvo os colegas membros da CEA por essa iniciativa mais que oportuna e sinceramente espero que o processo seja bem sucedido. Por outro lado, não posso deixar de manifestar minha preocupação com a composição dessa comissão.
Ela é constituída por representantes de 5 institutos do MCT que têm algum envolvimento com Astronomia mais representantes de associações profissionais (SAB e SBPC), alem de dois outros órgãos nacionais: CAPES e ABC.

Noto um grande ausente: as universidades. Examinando os resultados do recente censo da Astronomia Brasileira (http://www.astro.iag.usp.br/links/Censoastr.pdf) pode-se verificar que pelo menos 70% da Astronomia brasileira é feita fora dos institutos do MCT, essencialmente nas universidades.

Uma explicação para esta distorção, imagino, é que a CEA foi constituída a partir de uma comissão previamente existente cujo objetivo era planejar o futuro da Astronomia no âmbito das unidades do MCT. Mas o objetivo da nova comissão vai muito alem disso: é planejar o futuro da Astronomia brasileira como um todo!

Alguns membros da CEA a quem apresentei este ponto de vista argumentaram que isso nao é verdade pois os representantes da SAB, SBPC, CAPES e ABC são membros de universidades. É verdade, mas poderiam não ser (exceto, possivelmente, no caso da CAPES). De qualquer modo, eles não estao lá representando as universidades!

Como a mim interessa que as atividades da CEA sejam bem sucedidas, para evitar, mais tarde, contestação às suas recomendações sob alegação de falta de legitimidade (algo que a composição atual me sugere), proponho a inclusão de 5 membros de universidades nesta comissão, já que são cinco os institutos do MCT que dela participam. Ademais, como na CEA ja há professores da USP e da UFRGS, sugiro que os novos 5 membros sejam de universidades outras que não estas duas, para ampliar a representatividade regional e científica da comissão. Olhando os resultados do censo me parece que, por exemplo, a UFRJ e a UFRN deveriam estar entre elas.

Como não me julgo dono da verdade, solicito apenas que a SAB promova uma discussão dessas idéias, tome uma decisão e encaminhe os resultados para a CEA, MCT e todas as demais instituições envolvidas.

1a. Reunião Regional da CEA: Rio de Janeiro

INFORME DA CEA (Comissão Especial de Astronomia)

A CEA (Comissão Especial de Astronomia) está encarregada de propor ao MCT um plano para os próximos 5 anos para a Astronomia brasileira, e para isso, ela promoverá consultas à comunidade.

Essa é a primeira rodada de consultas, que compreende duas partes: uma troca de idéias presencial sobre o que queremos/pretendemos fazer nessa escala de tempo seguida da apresentação, por escrito, de projetos/propostas pela comunidade.

Claro que se prevê falar de tudo, desde infraestrutura local até participação em grandes projetos internacionais.

Para facilitar as coisas, esse processo é regional: serão feitas 4 reuniões, em Natal, Rio, SP e P. Alegre.

A reunião no Rio de Janeiro será dia 19 de outubro de 2009 no Observatório Nacional, às 13:30 horas. Todos estão convidados.

1a. Circular CEA: Chamada para contribuições da comunidade para subsidiar a elaboração de um Plano Nacional de Astronomia

CEA (Comissão Especial de Astronomia)

Chamada para contribuições da comunidade para subsidiar a elaboração de um Plano Nacional de Astronomia

O MCT nomeou a CEA – Comissão Especial de Astronomia (Portaria 10 de 17 de junho de 2009 do Secretário Executivo do MCT) com a finalidade de elaborar uma proposta para um Plano Nacional de Astronomia, incluindo proposições gerais, delineamento dos princípios e visão de futuro para o desenvolvimento da astronomia brasileira e dimensionamento preliminar dos recursos necessários nos próximos cinco anos para desenvolvê-lo. Nesse sentido, a comunidade é chamada para participar, através de contribuições efetivas de propostas e considerações., como as constantes desta circular.

São procedimentos para a primeira etapa da elaboração do Plano:
  1. Reuniões regionais de consulta à comunidade no Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Natal, com o intuito de uma ampla discussão de assuntos relevantes;
  2. Elaborações de considerações (White Papers) sobre assuntos relevantes ao Plano Nacional de Astronomia para serem encaminhadas à CEA.
Consideram-se assuntos relevantes, entre outros:
  • Posição atual da astronomia brasileira no contexto mundial e suas perspectivas para o futuro;
  • O potencial para o desenvolvimento futuro nas diversas sub-áreas da astronomia, inclusive através de novos projetos;
  • Formação de recursos humanos em astronomia e áreas tecnológicas afins;
  • Potencial da astronomia para o desenvolvimento científico-tecnológico do Brasil;
  • Modelos de financiamento da astronomia brasileira
  • Astronomia e sociedade (divulgação científica);
  • Gestão da implementação do Plano Nacional de Astronomia;
  • Sugestões para a Conferência Nacional de C&T a ocorrer em maio de 2010.
  • Relacionamento com a astronomia internacional
As reuniões regionais deverão ocorrer nas seguintes epocas :
  • Natal/Nordeste: segunda semana de outubro
  • São Paulo: terceira semana de outubro
  • Rio de Janeiro: quarta semana de outubro
  • Porto Alegre: primeira semana de novembro
White Papers deverão ter tamanho máximo de 10 (dez) páginas, incluindo as figuras e referências e poderão conter links de internet. Eles deverão ser encaminhados nos formatos doc, txt, odt ou pdf para o endereço eletrônico cea@sab-astro.org.br até a data de 15 de novembro de 2009.

A CEA informa que esta sendo criado um sítio específico para assuntos referentes a elaboração do Plano Nacional de Astronomia (o endereço sera informado oportunamente). Todos os White Papers serão tornados públicos nesse sítio.

A CEA ainda ressalta que os procedimentos enumerados acima apresentam apenas a primeira etapa da elaboração do Plano Nacional de Astronomia. A comunidade astronômica terá oportunidade de participar também das etapas seguintes.

COMPOSIÇÃO DA COMISSÃO ESPECIAL DE ASTRONOMIA
  1. Eduardo Janot Pacheco – Sociedade Astronômica Brasileira - SAB
  2. Eduardo Luiz Damiani Bica – Academia Brasileira de Ciências - ABC
  3. Kepler de Souza Oliveira Filho – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES
  4. Beatriz Leonor Silveira Barbuy – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq
  5. João Evangelista Steiner – Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC
  6. Mário Novello – Centro Brasileiro de Pesquisas Fisicas - CBPF
  7. Oswaldo Duarte Miranda – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE
  8. Albert Josef Rudolf Bruch – Laboratório Nacional de Astrofísica – LNA
  9. Douglas Falcão Silva – Museu de Astronomia e Ciências Afins – MAST
  10. Jorge Ramiro de La Reza – Observatório Nacional - ON

Sugestões da diretoria da SAB para a operacionalização da CEA

À SOCIEDADE ASTRONÔMICA BRASILEIRA E À COMISSÃO ESPECIAL DE ASTRONOMIA (CEA) DO MINISTÉRIO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

SUGESTÕES PARA OPERACIONALIZAÇÃO DA CEA:

  1. A necessidade de amplas consultas à comunidade são consenso na CEA. A SAB representa os pesquisadores em astronomia do país e como tal, propõe conduzir essas consultas de maneira ATIVA, de modo a assegurar a mais ampla participação da comunidade em termos de subsídios à CEA e a evitar possíveis distorções.
  2. Consultas ATIVAS eficazes só poderão ser realizadas mediante a organização de um certo número de reuniões/debates regionais e nacionais, onde todos os centros de pesquisa e todos os grupos existentes participem; as regiões regionais são um meio de tornar o processo mais eficiente, mais /factível e financeiramente realizável;
  3. Gostaria de lembrar que os pesquisadores em astronomia trabalhando em UPs do MCT representam cerca de 30% do total de profissionais atuando na área e que se a CEA pretende ter uma audiência efetivamente abrangente e um acatamento de suas conclusões pela comunidade, ela terá de assegurar participação efetiva dos 70% restantes no processo. Isto pode ser feito via as consultas ATIVAS mencionadas acima;
  4. Um “site” da CEA deve ser instalado imediatamente, sob o controle da SAB; ele deverá ser atualizado permanentemente, permitindo assim transparência dos trabalhos e a possibilidade de haver contribuições/sugestões da comunidade em cada etapa;
  5. Censos deverão ser utilizados e analisados para levantar o perfil profissional da área e suas perspectivas/potencialidades futuras;
  6. Os interesses atuais e futuros da comunidade deverão ser levantados, à luz das tendências/projetos internacionais. O papel dos diferentes projetos e de suas dimensões deverão ser analisados. A infra-estrutura e os equipamentos correspondentes necessários deverão ser estimados. Um planejamento orçamentário deverá ser estabelecido. Os papéis das UPs/MCT e das Universidades deverão ser sugeridos;
  7. O documento final da CEA devera ser amplamente debatido, afim de assegurar um denominador comum o maior possível. Essa é a única maneira de lhe conferir uma forte credibilidade/aplicabilidade.
  8. A SAB não tem recursos suficientes para executar uma operação dessa envergadura; solicitamos que o MCT, financie-a através de uma de suas agências, assegurando assim a participação da comunidade astronômica neste Plano Nacional de Astronomia, histórico e da mais alta importância para a área no Brasil.
Eduardo Janot Pacheco
Presidente da SAB

(Documento apresentado à Reunião da CEA, no dia 10/09/2009)

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